Um pouco de história

A ALA foi reconhecida, pela Segurança Social, como IPSS, em 18 de setembro de 2018. A Declaração com esta data, entre outras coisas diz “que se procedeu ao registo definitivo dos estatutos da instituição particular de solidariedade social, reconhecida como pessoa coletiva de utilidade pública” e diz mais, “o registo foi lavrado pela inscrição nº 18/18, a fls. 33 e 33 verso do Livro nº 16 das Associações de Solidariedade Social e considera-se efetuado em 04/01/2016 nos termos do nº 2 do artigo 9º do Regulamento acima citado.”

Sem esse passo não estaríamos aqui para procurar concretizar o que é um grande desejo de todos: a construção de um LAR que sirva dignamente os seus futuros utentes.

A ALA, fundada em 20 de novembro de 2015, reúne, neste momento, os requisitos legais essenciais para avançar na concretização do seu objetivo prioritário. Todavia não se pense que tudo está feito. Estamos no início da caminhada.

Destacamos como companheiro de jornada o associado fundador que mais ânimo tem incutido a todos nós, Artur Mota da Fonseca. Se não fosse o seu exemplo e a vontade determinada que tem manifestado, traduzida em atos altamente meritórios, nós, muito provavelmente, não estaríamos disponíveis para dar continuidade a este projeto. Continuar connosco e querer continuar a ajudar, recorrendo a meios próprios, é a melhor garantia para unirmos esforços em ordem à construção de um LAR em Currelos, a partir da requalificação de 50% da sede social do CCC.

Não podemos deixar de referir o CCC que abre mão do seu património para, mais uma vez, servir a comunidade a que pertence, tendo em conta as necessidades do presente. É um parceiro fundamental e, nesse sentido, com os novos responsáveis que surgiram das eleições de janeiro/2020, procuraremos aprofundar os laços que nos unem quer através de atividades de convívio que conjuntamente possamos realizar, quer no encontro de sinergias, em espírito alargado de equipa, orientadas para a obra que pretendemos construir.

Contamos com a disponibilidade de todos.

1. VISÃO

Ser uma instituição que prima pela responsabilidade, empenho, sentido de justiça, mobilização de conhecimentos e criação das condições que capacitem para um desempenho de qualidade crescente na concretização dos seus objetivos estatutários.

2. MISSÃO

A ALA pretende ser uma instituição particular de solidariedade social com respostas concretas, numa primeira fase, a problemas concretos de idosos, primando pela qualidade dos cuidados a prestar, pela formação e atualização profissional no setor e orientada por um conjunto de valores matriciais, património da civilização ocidental que enraízam no milenar humanismo cristão.

Numa segunda fase, reunidas as necessárias condições, poderá alargará essa prestação de serviços de qualidade a outras necessidades sociais, nomeadamente a pessoas com deficiência.

3. VALORES
Solidariedade: valor nuclear para esta IPSS. A estruturação da componente organizativa da ALA terá o seu pilar essencial neste valor para responder de forma comprometida e responsável à missão que se propõe.

Autonomia: A ALA, de acordo com a sua natureza e finalidade, persegue o bem comum, enquadrada por direitos e deveres sociais e com capacidade para mobilizar recursos e negociar parcerias num contexto de necessidades cada vez mais complexas.

Identidade: Decorre do seu contexto matricial. A ALA não enjeita as tradições do meio, usos e costumes da população que quer servir. A par do serviço social que quer prestar cuidará também da cultura como expressão de uma maneira própria de ser e de estar.

Responsabilidade: valor ético de enorme importância que obriga a agir com plena consciência do que está em causa e absoluto respeito pelos utentes que recorram aos serviços da ALA.

Subsidiariedade: A garantia de um serviço social solidário e de proximidade que, no aprofundamento destes objetivos, se relaciona com o Estado num quadro claro de direitos e deveres e que é, como IPSS, um parceiro na resposta e aprofundamento de uma estratégia nacional de apoio efetivo aos que precisam desse apoio.

4. CONTEXTO E ESTRATÉGIA

As pretensões da ALA inserem-se num quadro de óbvias debilidades: um país endividado, envelhecido, com fortíssimas assimetrias entre o litoral e o interior, com dois milhões e tal de pobres, com serviços públicos a funcionar com grandes constrangimentos e dificuldades de toda a ordem. Temos plena noção das enormes dificuldades que iremos enfrentar.

No concelho também se refletem os problemas do país e mais se agravarão com a transferência de algumas competências em 2021 se o competente reforço financeiro não for tido em conta. O contexto pode fazer tremer o mais experiente, mas entre a tentação do comodismo e o desafio que um tal projeto envolve, a opção pelo desafio ganhou o apoio de toda a equipa. Perante esta evidência é obrigatório “ir à luta”, como se costuma dizer.

A estratégia de intervenção, balizada pelo lema aquiliniano “alcança quem não cansa”, subordinar-se-á a três princípios:

1. Organização coletiva, primando pela lealdade de cada um dos seus elementos, que responderá apenas às decisões tomadas por maioria.

2. Distribuição de tarefas e responsabilidades por cada elemento do Conselho de Administração com possibilidade objetiva de cooperação ativa dos elementos da Mesa da Assembleia Geral e do Conselho Fiscal.

3. Realização de despesa se houver receita. Obras só com verba definida e garantida.

DAR SENTIDO À ESPERANÇA UM PROJETO QUE EXIGE CONCRETIZAÇÃO

Os fundadores da ALA assumiram como exigência maior, como princípio essencial, a construção de um Lar para pessoas que dele necessitem. Um LAR na verdadeira aceção da palavra.

Cinco anos volvidos essa exigência mantém-se ou morreu? É verdade que não temos avançado com a rapidez desejada. Têm surgido inúmeras burocracias a emperrar o arranque das obras. No entanto, já muito se fez e isso significa que ninguém quer desistir. A covid atrapalhou bastante a concretização de alguns planos em agenda, mas nunca conseguiu desviar-nos do objetivo maior.

Nas poucas reuniões que temos feito o assunto sempre foi falado e há até uma espécie de comissão, saída do Conselho de Administração da ALA, para tratar de toda a envolvente de natureza prática: projeto, licenças, contratações, angariação de fundos, condução da obra.

A obra é para fazer. O próximo ano representará um tempo novo. Possivelmente mais animados pelo controlo da covid, assumindo plenamente as nossas responsabilidades associativas, num clima de maior convívio e confiança, daremos os passos decisivos para o arranque da obra tão desejada.

O Lar em perspetiva será uma casa familiar para acolher e tratar pessoas com toda a dignidade que merecem, sejam pobres, remediadas ou ricas. Este Lar não será um negócio, será uma fraternidade conduzida segundo o princípio da proporcionalidade das possibilidades dos que o procurarem. Isto não é figura de retórica, ou floreados para embelezar o ramalhete. Desde a primeira hora que dizemos ao que vimos. Cuidar com a máxima dignidade, num ambiente sóbrio, mas convidativo, totalmente enquadrado pelos normativos que regulam estas instituições, vai ser um desafio enorme para os seus diretores.

Neste momento o enorme e exigente desafio é a obra que se quer construir a partir da requalificação de uma parcela da sede do CCC, no coração de Casal da Torre. O problema mais premente, a partir do exemplo de Artur Mota, é a reunião dos fundos necessários para o arranque da primeira fase.

Sinceramente acreditamos no valor da generosidade e no amor que os naturais e residentes na Freguesia têm pelas suas localidades. Sabem e sentem que um imóvel desta natureza será um porto seguro para acolher quem precisa de cuidados, familiares, amigos, amanhã nós próprios. Iremos estudar a forma mais simples de fazerem chegar à ALA os donativos que entendam disponibilizar para este fim. Igualmente acreditamos na disponibilidade para ajudar por parte das nossas autoridades autárquicas, Câmara e Junta de Freguesia.

Uma fraternidade acontece na partilha das dificuldades em ordem a um objetivo maior. A obra é para fazer, voltamos a repetir. A todos se pede que ajudem de acordo com o que ordenar o vosso coração.

No passado muitas coisas bonitas aconteceram na nossa terra sempre orientadas pelo coração. Agora temos mais uma, ditada pela necessidade, mas que só se concretizará se todos nos esforçarmos nesse sentido.

Óscar Paiva

Orgãos Sociais 2020 – 2023
MESA DA ASSEMBLEIA GERAL

Presidente Joana Carvalho Lopes
Vice-Presidente Fernando Marques
Secretário Maria Cristina Santos

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Presidente António Óscar de Almeida e Paiva
Vice-Presidente António Alberto Paiva
Tesoureiro António Lopes de Almeida
1º Secretário Agostinho Soares Santos
2º Secretário Maria de Fátima Castanheira
1º vogal Artur Mota da Fonseca
2º vogal António Abreu Carvalho

CONSELHO FISCAL

Presidente Joaquim Carlos Correia da Costa
Secretário Maria Rosa Rodrigues Pereira Pinto
Relator João Carlos Figueiredo Alves